Nossa, como existe gente que tem uma facilidade extrema de fazer novas amizades, qualquer um a sua volta é facilmente chamado de “AMIGO”. Como isso me enoja! Isso teria algum nome? Bom... Eu chamo isso de falsidade pérfida.
Olhe nos meus olhos e aperte a minha mão maldito! Pergunte-me como foi o meu dia, minha noite. Interrogue-me sobre quanto tempo se faz desde a ultima desprezível vez que tivemos a infelicidade de nos cruzarmos.
Me acolha nessa festa com esse seu sorriso barato de afeto, me abrace forte e longamente encenando saudade. Por fim volte a olhar nos meus olhos desgraçado e veja toda a repugnância transbordar em nosso olhar. Perceba isso e continue a falar com a mesma hipocrisia.
Demonstre interesse ao que me ponho a fazer atualmente, conte-me as suas insignificantes novidades, especule sobre o que se dá a nossa volta e sinta-se a vontade com a presença de todos aqueles outros ignóbeis que nos rodeiam. Depois deixe-me por um momento em paz, para sujar o banheiro com o vômito mais azedo que o organismo humano pode secretar e retomar a coragem de voltar a lhe encarar.
Ao sair, percebendo que agora se encontra junto de outros insolentes e infames despojando sobre eles toda essa sua falsa e superfula felicidade. Perceba-me a olhos baixos e retorne ao papo com outros ignorando a minha presença e mesmo sem agir ferozmente demonstre-me todo o eu desprezo e esconda de mim a sua face.
Mesmo após seu desprezo e descaso, me sinto aliviado, com a certeza de que isso foi o melhor da festa e do seu acolhimento, pois agora me vejo livre da sua imunda presença. Mas que nada! Em pouco tempo vem a despedida tendo de encarar tudo novamente, de sentir uma vez mais a mesma ânsia antes de ir embora e de me punir antes de dormir ao ver até onde podemos chegar.
Será que na farmácia da esquina vende-se algum remédio contra indignação?
sábado, 6 de março de 2010
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