domingo, 9 de maio de 2010

ATÉ QUANDO INSISTIR?

Por mais uma vez estou aqui, me pondo a escrever minhas ignóbilidades sem ter muita coisa em mente (isso às vezes fica muito chato!), mas vamos lá, ninguém mandou eu criar essa joça!! rsrs
Essa é apenas mais uma das minhas insistências, já não é de agora venho insistindo em muitas coisas. Insisto em crer que os homens maus se tornem bons, insisto que não amo quando eu mais estou amando, insisto que tenho um rumo mesmo quando estou perdido, insisto em ir até o fim quando o que eu mais quero é desistir, insisto em esquecer quando a saudade me sufoca, insisto em acreditar mesmo quando uma mentira é notória, insisto na realidade mesmo quando tudo não passa de uma ilusão, enfim insisto em ser feliz mesmo quando estou em um vale de lagrimas.
Nunca fui de muitas palavras, acho que poucas pessoas, ou talvez nenhuma delas chegue a conhecer um pouquinho que seja do meu âmago, sempre fui e serei aquilo que sou, sempre começo tudo pelo ponto final acho que talvez seja por isso que sempre sinto no beijo aquela saliva que já secou.

domingo, 2 de maio de 2010

VOCÊ CONTINUA O MESMO!

Dirigi horas e horas sem destino, apenas pelo prazer de estar no comando de alguma coisa, apenas como rumo a ilusão, até que avistei alguém que me chamou a atenção não sei por quais motivos. Ela não estava bem vestida mas o seu estilo é dos que mais aprecio ai está, talvez seja por isso. Era do tipo alta, cabelos negros nem tão longos, mal amarrados em sua nuca, olhos escuros com calça e colete igualmente pretos, uma pequena camisa branca e um par de longas botas marrom escuro. Estava em uma esquina encostada num poste de onde eu tinha toda a visão do bar que se localizava em sua retaguarda. Parei o carro com o ar de que tudo aquilo me era bem natural mesmo sem saber direito onde estava. Ela ao me ver encenou um curto sorriso, acendeu um cigarro e me chamou para tomar um drink, eu até então sem dizer uma palavra sequer apenas consentia com gestos meio que envergonhado.
Então ao sentarmos-se à mesa pude perceber que ela tinha os olhos um tanto que orientais, um nariz empinado mas bem modelado e uma cútis alva como que apenas se guarda-se para noite, mas ainda estava demasiadamente distraído com tudo isso que mal consegui reparar na musica que se tocava naquele buteco, mas sabia que não era a primeira vez que a tinha escutado.
A nossa bebida chegou e eu nem sabia do que estava me servindo apenas a acompanhei em seus goles macios e delicados que não correspondia aos meus bruscos e ininterruptos, parecia que aquela bebida era de vital importância para mim que mal consegui reparar na sua voz macia quase angelical dizendo para mim ir mais devagar. Queria dizer alguma coisa, perguntar o seu nome, pois afinal de contas nem disso eu sabia, mas fiquei meio encabulado em perguntar tais coisas tendo em vista que ela me tratava com certa familiaridade. Ela me perguntava algumas coisas, coisas das quais eu apenas consentia com a cabeça afirmativamente ou não, era notório que eu não era muito de falar isso estava demasiadamente explicito, eu até que queria dizer algumas coisas, mas não sabia se ela iria gostar das minhas colocações ou do meu tom de voz, voz essa que nem eu mesmo lembrava mais como era, mas mesmo sem dizer uma palavra sequer também era notável que nos comunicávamos agradavelmente, tanto que aquele seu sorriso curto desde quando lhe fitei jamais tinha saído do seu semblante. Ela falava como se soubesse que eu estaria lá, até parecia que me esperava passivamente pela minha presença como se tudo estivesse programado e eu ainda achando que estava perdido em algum lugar com meu jeito um tanto taciturno.
Também pude perceber que ela estava cercada de amigos naquele local, pois frequentemente ela acenava aos que entravam no bar ou a aqueles que estavam localizados ao nosso redor, já eu tentava fingir que não via ninguém e mal consentia aos cumprimentos alheios dirigidos em minha direção, mas ela não parecia se importar com isso, creio que ela até admirava isso pois creio lhe causar a impressão de que toda a minha atenção era dirigida para ela, algo de que não era nada hermético, pois nem eu mesmo sabia me assegurar por onde vagabundeava meus pensamentos.
Logo aquilo tudo me pareceu muito maçante, já que não conseguia mais decifrar nada com muita clareza, então me levantei com uma certa naturalidade no exato momento em que a musica parou de tocar, olhei para traz e ela como se estivesse imaginando ou esperando por aquilo, ao nos fitamos com aquela habitual tristeza de despedida ainda a ouvi me dizendo suas ultimas palavras em tom de desdém “você continua o mesmo!”