terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

UM GRITO AMORDAÇADO

Eu grito... Grito...Grito até a exaustão! Mas estas peredes continuam imoveis, se elas fossem de cristais já teriam se espatifados, mas não, elas são firmes e fortes assim como meu orgulho e minha convicção e permanecem inabalaveis. Às vezes travo com elas um conflito tão voraz e sangrento assim como as piores gurerras da humanidade, a do relogio. Um pequeno aparelho de mecanismo tão simples, mas que já aniquilou mais do que qualquer espadas ou bombas, ninguem fica ileso a sua ação. E você, como vai se virando?
Eu griro... Grito... Grito como se estivem amputando meus membros sem anestesia. Mas ninguem tem piedade, no maximo um olhar de espanto, isso é o maximo de sentimento que se pode obter hoje em dia.
Eu grito... Grito... Grito para mim mesmo! Observando as noticias da TV, rolando de um lado para o outro e não encontrando uma posição confortavél, acordando cedo pro trabalho e chegando tarde da faculdade, cutucando as feridas do passado e imaginado o futuro. Tenho que morder a lingua até sangrar para continuar dizendo bom dia, sim senhor!
Fazer o que se ainda estou vivo? Quanto mais se cresce, se vive e se adquire experiencias a única coisa verdadeira que evolui por mais primata que seja é do choro para o grito. E eu grito... Grito... Grito, mas na maioria das vezes faço questão que ninguem escute, assim como faço questão que ninguem veja o meu choro.

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