Quase. Poucas palavras exercem tamanha ignobilidade na vida de alguém. Estava esses dias me recordando dos bons e velhos tempos escolares no qual pertencia ao time de basquete. Não tínhamos lá a maior habilidade perante os outros times nem sequer éramos melhores preparados ou usufruíamos de melhor infra-estrutura (pois como já sabem nos encontrávamos no Itaim rs). Mas o que tínhamos de sobra era uma imensa união Alá os 3 mosqueteiros “Um por todos e todos por Um!” era o nosso lema. hahaha
Mas enfim com esse time conseguimos conquistar alguns campeonatos anódinos como esses campeonatos interescolares, que naquela época enchiam nossos corações pueris de alegria e contentamento. Mas tarde disputávamos o campeonato que reunia todos as escolas da capital, onde vencemos em pleno ginásio do Ibirapuera. E então veio o campeonato estadual, íamos para o interior mais precisamente em Campinas disputar contra todos os times escolares de São Paulo. Passamos quatorze dias por lá e ainda me recordo de toda aquela bagunça no alojamento, daqueles jogos onde o coração quase saltava pela boca, onde cada cesta era uma comemoração voraz e empolgante.
E assim caminhamos jogo a jogo, fase a fase até o grande dia da final. Se ganhássemos participaríamos do grande e trivial campeonato nacional que seria realizado no Paraná. Seria uma grande oportunidade para todos nós, pois seriamos vistos de uma maneira mais ampla por todo aquele pessoal do meio esportivo. E naquele jogo, puta merda! Equilibradíssimo. Ponto a ponto pra cada lado, raros rebotes, ataque contra defesa constante e poucas tentativas de 3 pontos tava embaçado pra caralho para ambos os times. Nesse jogo foi aonde eu fiz mais cestas (Trinta e dois pontos), mas de nada adiantou. Perdemos por uma diferença de dois pontos, dois míseros pontos que tiraram nossa esperança e o nosso desejo.
Na moral, eu preferia ter perdido por uma diferença maior, sabendo que não tinha jeito de vencer do que ter perdido por tão pouco. Tão pouco que qualquer esforço a mais, qualquer outra jogada ou um outro lance poderia nos dar a vitória ao invés do gosto eterno e amargo do quase.
Ao final do jogo confesso que jamais acreditaria em ver meus companheiros tão fortes, lúcidos, jubilantes e cheios de altivez derramaresem em pranto. Eu apenas observava, nem precisava chorar o desgosto fluía naturalmente. Foi realmente difícil segurar o baque. Eu e alguns poucos conseguimos suportar e tentar inutilmente confortar nossos companheiros, que pareciam estar mais abalados do que uma mãe ao perder um filho na guerra.
Desde então nunca nos reuníamos novamente, cada um seguiu um rumo distinto, tive noticias de que alguns ainda foram federados por clubes e por lá permaneceram algum tempo. Mas quanto a mim, nunca mais participei deste oficio, somente o futebol em alguns finais de semana onde qualquer que seja o resultado me esbaldo com cerveja e o churrasco é garantido hahahahaha...
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário