- Esta com calor? Vou abaixar um pouco os vidros.
- Depois de quase duas horas aqui dentro esta sufocante. Dá até pra escrever nossos nomes no pára-brisa.
- Deixe de besteira, quanta babaquice!
- Você não é nada romântico não é?
- Quero tomar alguma coisa! Veja por favor, se ainda tem um pouco de vodka ou cerveja debaixo do banco.
- A garrafa ainda esta quase pela metade e ainda sobrou algumas latinhas. Mas já vai amanhecer e você ainda vai trabalhar, não acha melhor ir com calma?
- Poupe-me de conselhos!
Tomei bruscamente quase que todo o conteúdo da vodka com uns três ou quatro longos goles, abri uma cerveja e a observei me fitando.
- Que foi?
- Como você aguenta? Eu já estou tonta depois de tanto beber esta noite!
- Se for vomitar abra a porta, não quero lavar esse carro tão cedo e muito menos aturar um aroma fétido aqui dentro.
- Nossa como você é insensível!
Voltei para cerveja, mas ela não parava de me observar.
- Você nunca esteve apaixonado?
- (Risos) Ohh... Sim! Inúmeras vezes. Mas nunca são lá muito duradouros.
- Por que?
- Começo a me questionar e tudo fica enjoativo.
Então ela me abraçou longa e profundamente, com a cabeça junto ao meu peito, e com um tom de choro com a voz quase que soluçando disse-me:
- Acho que estou apaixonada. O que está sentido?
- Tem cigarro ai?
- Não.
- Ainda bem, eu não fumo!
- Então por que quer?
- Por que o momento pede.
- Como você consegue falar essas porcarias assim tão rude!
- Não estou falando nenhuma porcaria, talvez porcarias seja o que lhe trouxe aqui!
Sei que ela pensou em me dar um tapa, mas sabia que se o fizesse seria a ultima vez que iria me ver.
- Vou deixa-la em casa.
- Não eu me viro!
- Que é isso, sou um Gentleman.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
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